12 de ago. de 2011

Eu ouço vozes


Minha filha do meio, Gabriela, disse-me uma vez, quando fui colocá-la na cama, naquela época, ela estava com quatro anos, "Mami (é assim que meus filhos me chamam), não consigo dormir, minha cabeça não pára de pensar"



Nesses últimos dois meses é assim que me sinto, inquieta, agitada, minha mente não pára de pensar. Mas, não pára de pensar em quê? Em tudo, em nada, na vida, na morte, nos meus filhos, nos meus pais, no que fiz, no que deixei de fazer. Fica divagando dentro da minha cabeça, de um lado para o outro. Meus diálogos internos estão se intensificando. Sim, porque tenho que confessar, eu ouço vozes. As minhas vozes internas.


Quando penso que consegui dominá-las, lá vem elas, espalham-se nas poltronas de minha mente e ficam lá, em reunião. Conversam, analisam, riem alto, choram, gritam. Uma reunião sem hora para terminar. Quando percebo, estou até gesticulando comigo mesma. Seria isso normal, ou está na hora de procurar alguma alternativa mais séria, além da meditação?
Porque a meditação é um excelente recurso para acalmar a mente. Para mim, funcionou muitas vezes, mas descobri que a meditação é mais um sedativo. Acabo dormindo. E dormir sentada, na posição de lótus, não é lá muito agradável.


Estou ensaiando, agora, voltar para os meus tão distantes dias de academia. Sei que quando mexo o corpo, a mente sossega um pouco. Mas, aiii, como é sofrido mexer o corpo nesses dias frios e cinzentos de Curitiba, quando o que eu gostaria mesmo é ficar bem encolhidinha, tomando algo para aquecer o corpo e a alma.


Nova reunião, agora, elas, as vozes, estão em votação, se querem que eu volte ou não para a academia. Sugeriram caminhada, algo que também gostei. Pronto. Tomo, agora, as rédeas do meu corpo e vou correndo trocar de roupa e calçar o já esquecido tênis, para corrida. Vou caminhar. O sol até surgiu para comemorar minha decisão. Já as rédeas da minha mente, essas, ficam para uma outra vez.

4 comentários:

  1. Se isto te alivia... vc não está sozinha!
    E eu não estou falando da galera q vc ouve na sua cabeça, não! hehehehehe... eu digo pq tbém tenho esta mesma inquietude! Já cheguei a duvidar e até admirar pessoas que dizem que gostam de ficar em silêncio... Eu, além de não gostar, não consigo! Pois o meu Grilo Falante, minha consciência, ou seja lá que nome isto tiver... é mto conversador!!!
    Não quero me alongar neste assunto pq o que eu quero de verdade é dar parabéns pela iniciativa e coragem de mostrar o seu lado B. Vou ser figurinha fácil pois adoro saber, ler, ver e ouvir outras opiniões. Acho construtivo!

    Boa Sorte!

    ResponderExcluir
  2. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!!!!!!!!! to aqui pensando que se fosse comigo, eu diria: chegaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!! agora vamos ficar em silêncio que tá na hora de dormir! e as vozes iriam?? kkkkkkkkkkkkkkkk

    Olha, eu não sei se tenho essa inquietude não. consigo me equilibrar e deixar o silêncio interior reinar sim algumas vezes. meu problema maior é com o exterior, pois ainda não tenho tempo e nem chance de expor meu lado B. mas qto as vozes..........essas sabem se comportar!

    ResponderExcluir
  3. Ju, saber que não sou a única, já me faz sentir melhor.

    Lisy, voltei a meditar e a me "mexer", isso está realmente funcionando.
    Beijos!!!!

    ResponderExcluir
  4. Maria José S. R. Klein14 de ago. de 2011, 18:56:00

    Helck, minhas vozes não me dão sossego, nem quando medito (talvez eu eesteja fazendo errado), nem quando corro (elas ficam debatendo qual das músicas eu deveria estar ouvindo, e sempre é diferente da que está tocando no fone...)!
    Agora, por exemplo, elas estão loucas comigo, brigando pelo que eu escrevi...

    ResponderExcluir