É fácil encontrar a beleza onde estamos condicionados a olhá-la. Difícil é enxergá-la nos lugares onde, na maioria das vezes, é tido como um lugar de morte, de perda, de sofrimento e de luto, como é o cemitério.
Mas, para olhar o cemitério como algo esteticamente belo, devemos, primeiramente, refinar o nosso olhar. E aí, mais que olhar o belo, é possível, também, conhecer a história de sua cidade.
Clarissa Grassi, formada em marketing, relações públicas e vice presidente da Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais, sabe muito bem disso. Ela é autora do livro "Um olhar... A arte no Silêncio", que aborda a arte tumular no Cemitério São Francisco de Paula, também conhecido como Cemitério Municipal de Curitiba.
Agora, todos lá, reunidos por um mesmo motivo e comungando do mesmo silêncio.
Mas, para olhar o cemitério como algo esteticamente belo, devemos, primeiramente, refinar o nosso olhar. E aí, mais que olhar o belo, é possível, também, conhecer a história de sua cidade.
Clarissa Grassi, formada em marketing, relações públicas e vice presidente da Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais, sabe muito bem disso. Ela é autora do livro "Um olhar... A arte no Silêncio", que aborda a arte tumular no Cemitério São Francisco de Paula, também conhecido como Cemitério Municipal de Curitiba.
O livro oferece uma nova abordagem para a arte tumular, equiparando-a às manifestações artísticas mais comuns, suscitando a importância histórica e artística. Por meio de fotografias, é possível ver cada detalhe das esculturas, mostradas fora de seu contexto tumular. Junto às fotos, um breve texto aborda o significado da simbologia que cada escultura carrega, trazendo à tona, signos já esquecidos por nós. Um olhar fotográfico de 55 esculturas em 152 páginas.
"O cemitério é um museu a céu aberto. Podemos entender o ciclo econômico e migratório da cidade. Pelas fotos é possível descobrir sobre moda em diferentes épocas e ainda acompanhar a tendência artística e arquitetônica através do tempo", ressalta a escritora.
Depois de toda informação, não resisti, fui ao cemitério conferir com meus próprios olhos, já que não o conhecia.
Nem foi necessário ter o cuidado de levar na bagagem o tal refinamento no olhar. Esperava encontrar somente um lugar de introspecção, de silêncio, como qualquer outro cemitério. Mas, a "morada dos mortos" me surpreendeu. A beleza das esculturas é incontestável.
O que mais admirei foi encontrar uma espécie de síntese da memória curitibana. Capelas e mausoléus de várias épocas.
Na parte mais antiga, com seus estilos, requintes e grandiosidade próprios, encontram-se sepultados muitos dos personagens históricos mais ilustres da cidade.
Deu vontade de trazê-los de volta, fazer uma roda para um bate-papo informal. Quanta história eles teriam para contar...
Boa parte dos nomes de avenidas, alamedas e ruas, estão lá. Vicente Machado, Barão do Cerro Azul, Augusto Stellfeld, Victor Ferreira do Amaral, João Gualberto, General Carneiro, Carlos Cavalcanti de Albuquerque, Manuel Eufrásio Correia e tantos outros que a emoção do momento me impediu de guardar na memória e que, à sua forma, ajudaram a construir a Curitiba que hoje vemos.
Essa foi a minha preferida |
O que mais admirei foi encontrar uma espécie de síntese da memória curitibana. Capelas e mausoléus de várias épocas.
Na parte mais antiga, com seus estilos, requintes e grandiosidade próprios, encontram-se sepultados muitos dos personagens históricos mais ilustres da cidade.
Deu vontade de trazê-los de volta, fazer uma roda para um bate-papo informal. Quanta história eles teriam para contar...
Boa parte dos nomes de avenidas, alamedas e ruas, estão lá. Vicente Machado, Barão do Cerro Azul, Augusto Stellfeld, Victor Ferreira do Amaral, João Gualberto, General Carneiro, Carlos Cavalcanti de Albuquerque, Manuel Eufrásio Correia e tantos outros que a emoção do momento me impediu de guardar na memória e que, à sua forma, ajudaram a construir a Curitiba que hoje vemos.
Entrada principal do cemitério |
Agora, todos lá, reunidos por um mesmo motivo e comungando do mesmo silêncio.
Para saber mais: O Cemitério Municipal de Curitiba é o mais antigo da capital, a pedra fundamental foi lançada em 1854, mas o primeiro sepultamento foi registrado somente em 1883. Possui 5.700 túmulos e, de acordo com a Secretaria de Comunicação Curitiba, até maio de 2010, foram feitos mais de 72.700 sepultamentos em seus 51.414 m2.
O Helck sabes que eu tinha uma amiga, na época do Magistério, e nós íamos conversar naquele cemitério ao lado da Igreja de Laguna, é um local calmo, arborizado, e realmente, é a beleza do silêncio, as vezes a gente nem conversava, ficava lá só em contemplação...
ResponderExcluirMóbida a tua amiga? Acho que apenas precisava daquela tranquilidade do lugar...