31 de ago. de 2011

Uma questão de ponto de vista

Pequenos imprevistos fizeram-me ausente por aqui, de forma que, tomo emprestado esse texto que escrevi há algum tempo para o blog Pra Cima Com a Autoestima. Quando tudo ficar ao normal, volto com mais tempo.


Estive refletindo a respeito da autoestima. O que faz com que eu me ame mais ou menos?.
Pensando nisso, chego a infeliz conclusão que a tal da autoestima é somente a ponta do iceberg.
Quando falamos em autoestima, logo somos inevitavelmente direcionados à imagem de um espelho, do belo, do que é esteticamente correto e por aí vai.
Agora vamos por partes:
Autoestima nada mais é que a estima que eu tenho por mim mesma. Já o significado de estima, de acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, é o apreço que se tem a outrem; avaliação. Nesse caso, o outrem, somos nós mesmos.
Mas, baseado em quê ou quem, fazemos, constantemente, essa avaliação de nós mesmos?
Temos que ter algo como parâmetro, não é verdade?
E é aí que mora o perigo.
Baseamo-nos naquilo que os meios de comunicação bombardeiam diariamente e sem cessar e, devido ao "diariamente e sem cessar" tomamos isso como verdade. É a tal da "verdade condicionada". A mentira é dita tantas e tantas vezes, que acaba se tornando verdade.
Você deve estar pensando, nossa, como podemos culpar os meios de comunicação pela nossa autoestima, se ela é/está baixa ou alta? Dessa vez ela foi longe demais...
Calma, continue lendo, que vou tentar explicar melhor o meu ponto de vista.
Vou contar um exemplo, que aconteceu no início do ano. Meus filhos mudaram de escola, Meu pequeno, de sete anos foi para o segundo ano e, no dia anterior ao início das aulas, fomos à escola somente para levar os materiais e conhecermos a professora. Material escolar entregue, apresentações feitas. No dia seguinte, primeiro dia de aula, levei meu filho à escola, ao procurar a professora, tendo como referência seu nome, o jaleco e sua aparência (cabelos compridos, lisos, loiros e com luzes) não soubemos dizer qual era. Todas as professora, do primeiro ao quinto ano, estavam iguais. A mesma cor de cabelo, o mesmo corte, o mesmo jaleco. Só o nome era diferente.
Volto, agora, um pouco ao passado, para exemplificar o que quero dizer. No meu tempo de dezesseis, dezessete anos, a moda, de acordo com os meios de comunicação, era ser "encorpada", com pernas grossas e bumbum grande.
E eu? Bom, eu nasci no tempo errado. Quem me conhece sabe, eu era a magrela de peitos. Não fazia parte do time das aprovadas nesse quesito.
Atualmente, a moda (lê-se mais uma vez meios de comunicação), diz que ser magrela e ter peitos é o que há (viu, como nasci no tempo errado?). E eu me pergunto, como assim? Oue mudou no mundo?  Que parâmetros utilizam para modificarem tanto o corpo da "mulher padrão" em tão pouco tempo? E como ficam as baixinhas com bumbum e coxas?
Silicone em alta (as clínicas estéticas não me deixam mentir), Gisele Bundchen ganhando dinheiro a rodo.
E nós? Onde ficamos nós, pobres mortais, com nossas estrias maternais e celulites femininas? Como lidamos com a nossa autoestima que tem como padrão de corpo e beleza perfeitos as modelos que em nada se assemelham a nossa realidade?
Temos três opções:
A primeira, corrermos atrás do tempo perdido e virarmos refém daquilo que nos empurram, goela abaixo, como perfeição. E alerto aí que, quando pensamos ter chegado lá, algo sutilmente muda e lá vamos nós, encarar outra batalha cruel;
A segunda, viver com a autoestima na sola do pé, infeliz por não fazermos parte do mundo que é estipulado como padrão, tendo o chocolate e o garfo como melhores amigos;
A terceira, e posso dizer que, de certa forma a mais apreciável e menos dolorida, aceitarmos nossas diferenças naturais, nos amando como somos. Imperfeitos humanos normais. Tendo uma percepção crítica em torno daquilo que nos tentam impor. Utilizando e/ou descartando aquilo que nos convém..
Num mundo onde os direitos individuais são vistos como prioridades. Não podemos nos deixar levar pela nossa política econômica, pelo consumismo, pelas mídias, que diariamente ditam o que é moda.
Percebo que os valores estão mudando. No meu tempo de adolescente, celebridades eram as pessoas que tinham uma banda e faziam sucesso por suas músicas, atores, grandes mestres que se diferenciavam por seus trabalhos geniais, seus talentos... O Papa João Paulo II, O U2 por suas músicas politizadas, enfim.  Atualmente, para ser celebridade basta participar do BBB, ir para a faculdade com um micro vestido e ser garota de programa para ter sua vida medíocre contada num filme. O pior é que povo absorve isso como referência.. mas isso é outra história...  
Volto agora para a defesa do meu ponto de vista.
A minha moda é escolher ser feliz, dentro daquilo que me é possível. Se a felicidade, num determinado momento, se concretizar numa barra de chocolates ou num brigadeiro, não tenha dúvida que irei agarrá-la com todas as forças do meu ser. Isso, com certeza fará bem para a minha autoestima. E se você quiser um pedaço, vou pensar no seu caso... Calorias? Relaxa amiga, nada que uma caminhada no Parque Barigui ou mesmo no Parque Passaúna, que agora é mais próximo da minha nova casa, não resolva...
Refém eu? Nunca mais. Agora eu tomo as rédeas da minha vida e do controle remoto da tv.
Mas como eu disse no início, é tudo uma questão de ponto de vista. E eu respeito o seu.

18 de ago. de 2011

A arte e a história no silêncio

É fácil encontrar a beleza onde estamos condicionados a olhá-la. Difícil é enxergá-la nos lugares onde, na maioria das vezes, é tido como um lugar de morte, de perda, de sofrimento e de luto, como é o cemitério.
Mas, para olhar o cemitério como algo esteticamente belo, devemos, primeiramente, refinar o nosso olhar. E aí, mais que olhar o belo, é possível, também, conhecer a história de sua cidade.


Clarissa Grassi, formada em marketing, relações públicas e vice presidente da Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais, sabe muito bem disso. Ela é autora do livro "Um olhar... A arte no Silêncio", que aborda a arte tumular no Cemitério São Francisco de Paula, também conhecido como Cemitério Municipal de Curitiba.




O livro oferece uma nova abordagem para a arte tumular, equiparando-a às manifestações artísticas mais comuns, suscitando a importância histórica e artística. Por meio de fotografias, é possível ver cada detalhe das esculturas, mostradas fora de seu contexto tumular. Junto às fotos, um breve texto aborda o significado da simbologia que cada escultura carrega, trazendo à tona, signos já esquecidos por nós. Um olhar fotográfico de 55 esculturas em 152 páginas.

"O cemitério é um museu a céu aberto. Podemos entender o ciclo econômico e migratório da cidade. Pelas fotos é possível descobrir sobre moda em diferentes épocas e ainda acompanhar a tendência artística e arquitetônica através do tempo", ressalta a escritora.

Depois de toda informação, não resisti, fui ao cemitério conferir com meus próprios olhos, já que não o conhecia. 
Nem foi necessário ter o cuidado de levar na bagagem o tal refinamento no olhar. Esperava encontrar somente um lugar de introspecção, de silêncio, como qualquer outro cemitério.  Mas, a "morada dos mortos" me surpreendeu. A beleza das esculturas é incontestável.


Essa foi a minha preferida


 O que mais admirei foi encontrar uma espécie de síntese da memória curitibana. Capelas e mausoléus de várias épocas.




Na parte mais antiga, com seus estilos, requintes e grandiosidade próprios, encontram-se sepultados muitos dos personagens históricos mais ilustres da cidade.




 Deu vontade de trazê-los de volta, fazer uma roda para um bate-papo informal. Quanta história eles teriam para contar...




Boa parte dos nomes de avenidas, alamedas e ruas, estão lá. Vicente Machado, Barão do Cerro Azul, Augusto Stellfeld, Victor Ferreira do Amaral, João Gualberto, General Carneiro, Carlos Cavalcanti de Albuquerque, Manuel Eufrásio Correia e tantos outros que a emoção do momento me impediu de guardar na memória e que, à sua forma, ajudaram a construir a Curitiba que hoje vemos. 

Entrada principal do cemitério


Agora, todos lá, reunidos por um mesmo motivo e comungando do mesmo silêncio.

Para saber mais: O Cemitério Municipal de Curitiba é o mais antigo da capital, a pedra fundamental foi lançada em 1854, mas o primeiro sepultamento foi registrado somente em 1883. Possui 5.700 túmulos e, de acordo com a Secretaria de Comunicação Curitiba, até maio de 2010, foram feitos mais de 72.700 sepultamentos em seus 51.414 m2.
Horário de atendimento: das 07:00h às 18:00h, inclusive aos sábados, domingos e feriados.
Foto: César Brustolin

16 de ago. de 2011

Não faço parte do comercial de margarina.

Geralmente acordo de mau humor, digo geralmente para não dizer sempre, pois existem raras excessões. Não faço parte daquelas pessoas que parecem estar num comercial de margarina, felizes, saltitantes, com sorrisos radiantes, nas primeiras horas da manhã. Como gostaria de ser assim, certamente, minha vida seria mais saborosa.


Preciso do silêncio, preciso acordar devagarinho, preciso de uma xícara de café, está bem, de uma caneca bem cheia de café. Aí sim, meu dia começa, de fato. Antes disso, meu mau humor é tamanho, que eu mesma tenho dificuldades para ficar comigo. Quero voltar para a cama, dizer ao sol para não nascer tão cedo. Não quero me olhar no espelho, não quero tirar o pijama, sou birrenta. Travo uma briga interna nos primeiros dois minutos após abrir os olhos e perco sempre. E lá vou eu, arrastada, encarar o novo dia e viver o que tem de novo.

Tudo isso acontece nos primeiros trinta minutos, talvez um pouco mais, dos meus dias. Após esse período, sigo em frente, como se o mau humor, não existisse, ou, simplesmente, retornasse ao seu esconderijo esperando atacar na manhã seguinte, quando novamente abro os olhos.

Temperamental eu? Seria, talvez, algum distúrbio de personalidade? Algo genético, ou ainda, algum problema hormonal? Seriam as mulheres mais vulneráveis a esse tipo de comportamento? Minha teoria é que sim, as mulheres são mais sensíveis ao mau humor matinal. Principalmente quando não têm uma boa noite de sono. E, talvez, os hormônios sejam os grandes vilões de tudo. Isso sem contar com a TPM. Mas essa, fica para um outro post.

E você, faz parte do meu time ou acorda sorridente, como os comerciais de margarina? Estou curiosa...

15 de ago. de 2011

Está em nossas mãos.

A revolução da comunicação já começou. O mundo jamais será o mesmo. As redes sociais estão aí e não me deixam mentir.

Vemos a crescente inserção de pessoas ao facebook, twitter, linkedin e tantos outros. Um mundo virtual se abre diante de nossos olhos e as oportunidades que essas redes sociais oferecem são infinitas. Através delas, todos viraram jornalistas. Todos podem criar, produzir, enviar e receber informações, basta, somente, ter um computador ou mesmo um celular com acesso a internet. Um mundo novo, capaz de revolucionar, transformar.

Na universidade, aprendi que quem possuía os meios de comunicação, possuía o poder. Com a internet, isso foi por água abaixo. O poder, agora, está ao nosso lado, ou melhor, diante da tela do nosso computador.

Podemos agora, mostrar a nossa voz, virar a mesa, como se diz por aí. Passamos de meros consumidores, para consumidores com voz ativa, capazes de elevar ou destruir a imagem de qualquer produto. As empresas, que de bobas não tem nada, já perceberam e se adaptam, cuidadosamente, a esse novo mercado.

O problema é que, nós, a maioria, ainda não percebemos o poder em nossas mãos. Milhares de pessoas unidas, conectadas virtualmente e o que vemos? Boa parte querendo mostrar, através de fotos e comentários, como foi seu último fim de semana e o que farão no próximo. Uhhhuuuuu!!!! Todos olhando para o próprio umbigo.
Ainda não acordamos para a nova realidade, estamos presos em Matrix. Ainda estamos alienados.
Ano que vem será um ano eleitoral, nossos políticos já estão planejando, muitos já prontos para atacar nesse mundo virtual. Que cortemos logo os fios que nos fazem marionetes. Que acordemos logo para a realidade.


13 de ago. de 2011

Ai mãe, que mico.


Estão nascendo asas em minha filha mais velha. Ela está prestes a fazer quinze anos e percebo que falta pouco para iniciar seu treinamento de vôos. Em pouco tempo, minha filha do meio fará o mesmo e, consequentemente, chegará o dia do meu menino. Sempre afirmei que estava criando meus filhos para o mundo e descobri que falar é muito fácil. Meus filhos cresceram sem que eu notasse.


O tempo escorreu rapidamente de minhas mãos, vieram as comemorações de aniversário, Natal, Páscoa, e eu, de certa forma, não queria olhar o fato. Sim, porque, aos olhos de uma mãe seus filhos serão sempre seus bebês. "Ai mãe, que mico". Certamente esse será o comentário dito, em coro, ao lerem o que escrevi.

Quero voltar no tempo em que, de fato, eles eram os meus bebês, quero todos com quatro, seis, oito anos. Quero que fiquem ao meu redor, embaixo de minhas asas. Naquele tempo, para as meninas eu era o espelho, eu era a perfeição. Agora, minhas duas adolescentes me questionam, batem de frente sem perdão. Deixei de ser um exemplo e virei "inimiga". A opinião das amigas é mais importante que a minha, não faço mais parte do clubinho. Inevitavelmente, lembro-me quando tinha a idade delas e fazia igual. Minha mãe dizia, com toda sua paciência, que eu iria crescer e que, se eu tivesse filhos, eles iriam fazer o mesmo... As vezes, penso que minha mãe tem uma bola de cristal e prevê o futuro, pois seus comentários são sempre certeiros.

Olho para minhas filhas, respiro, por vezes me afasto um pouco, lembro-me dos hormônios em doses elevadas, das mudanças constantes de humor e não, não faço como minha mãe, mas sempre falo que não posso viver a vida delas, assim como elas não podem viver a minha e, por aí, rezo toda uma ladainha que elas conhecem muito bem.

Sei que não existem manuais de como criar nossos filhos, mas, os livros geralmente nos apontam uma direção, um norte. Agora, olho para todos os que li sobre o tema, guardados na estante e percebo que não são mais necessários, precisam ser substituídos por "como ser mãe de adolescentes". E a maratona de leitura com esse tema deve iniciar logo. As asas estão nascendo e eu não quero que eles voem para longe com uma orientação incompleta.

Em tempo: para quem tem filhos pequenos e pensa em ler algo realmente contrutivo, recomendo o livro Escola de Pais, de Luiz Lobo.

Imagine essa cena:
Pai, mãe e filho na praia. A mãe olha para o marido e diz: - Amor, vou dar um mergulho, por favor, não tire o olho dele!
A mãe se afasta, o filho olha para o pai e quase em prantos fala: - Pai, por favor, por favor, não tire o meu olho!

É mais ou menos com essa cena que o livro começa. Digo mais ou menos porque esse livro não está na minha estante. 

12 de ago. de 2011

Alimentando o leão.

É bem como Jung, fundador da psicologia analítica, disse: "tudo aquilo ao que você resiste, persiste". E não adianta, esse foi um erro que eu demorei muito para perceber. Você não pode ir contra a sua natureza. Por mais que eu tentasse sufocar isso dentro da minha consciência, ela, a vontade, estava lá, dormente, latente, contida. 
Encarcerada no meu lado B. 

Sim, porque todos temos os nossos lados  A  e  B. O lado A,  é o que deixamos ver, construído e constituído de aparência. É, digamos assim, o nosso lado sociável. Já o lado B, esse, é a nossa prisão mental, é lá onde os nossos medos, as nossas inseguranças, os nossos fantasmas e os nossos desejos se encontram. E, como disse, era lá que a minha vontade se escondia. 


Na verdade, penso, e tenho quase cem por cento de certeza, que essa vontade não estava lá tão contida. Ela, esperta, encontrou outras vertentes para se manifestar. Conseguiu acesso à porta do lado negro da força. Despertava sintomas que me traziam muitos sofrimentos. Reconhecer isso, já foi um grande passo.

O segundo passo é exatamente esse, que nesse momento faço, resgatar, libertar definitivamente essa vontade, há tanto aprisionada, de escrever, de exprimir minhas ideias, de me comunicar com o mundo, de enfrentar meu lado B. Sim para quem me conhece, acha que sou pura serenidade, extremamente zen. Acha que o sangue que corre pelas minhas veias não ferve, acha que sou um gatinho domesticado. Escolho agora, alimentar o leão adormecido que habita o meu lado B e mostrá-lo, atráves das palavras.




Eu ouço vozes


Minha filha do meio, Gabriela, disse-me uma vez, quando fui colocá-la na cama, naquela época, ela estava com quatro anos, "Mami (é assim que meus filhos me chamam), não consigo dormir, minha cabeça não pára de pensar"



Nesses últimos dois meses é assim que me sinto, inquieta, agitada, minha mente não pára de pensar. Mas, não pára de pensar em quê? Em tudo, em nada, na vida, na morte, nos meus filhos, nos meus pais, no que fiz, no que deixei de fazer. Fica divagando dentro da minha cabeça, de um lado para o outro. Meus diálogos internos estão se intensificando. Sim, porque tenho que confessar, eu ouço vozes. As minhas vozes internas.


Quando penso que consegui dominá-las, lá vem elas, espalham-se nas poltronas de minha mente e ficam lá, em reunião. Conversam, analisam, riem alto, choram, gritam. Uma reunião sem hora para terminar. Quando percebo, estou até gesticulando comigo mesma. Seria isso normal, ou está na hora de procurar alguma alternativa mais séria, além da meditação?
Porque a meditação é um excelente recurso para acalmar a mente. Para mim, funcionou muitas vezes, mas descobri que a meditação é mais um sedativo. Acabo dormindo. E dormir sentada, na posição de lótus, não é lá muito agradável.


Estou ensaiando, agora, voltar para os meus tão distantes dias de academia. Sei que quando mexo o corpo, a mente sossega um pouco. Mas, aiii, como é sofrido mexer o corpo nesses dias frios e cinzentos de Curitiba, quando o que eu gostaria mesmo é ficar bem encolhidinha, tomando algo para aquecer o corpo e a alma.


Nova reunião, agora, elas, as vozes, estão em votação, se querem que eu volte ou não para a academia. Sugeriram caminhada, algo que também gostei. Pronto. Tomo, agora, as rédeas do meu corpo e vou correndo trocar de roupa e calçar o já esquecido tênis, para corrida. Vou caminhar. O sol até surgiu para comemorar minha decisão. Já as rédeas da minha mente, essas, ficam para uma outra vez.