18 de nov. de 2011

Mãe que é mãe vira adolescente!

Como eu sempre digo, não basta ser mãe, tem que participar. E assim, as mulheres aqui de casa foram ontem para o shopping enfrentar uma fila de três horas, depois mais duas horas de espera sentadas na sala de cinema para a pré-estreia às 23:55h do filme Amanhecer. Pensa se alguém reclamou? Mesmo sabendo que teriam que acordar hoje cedinho para ir à escola? Mesmo tendo passado um calor insuportável dentro da sala do Cinemark do Shopping Muller? Mesmo após o filme, quando enfrentamos mais uma fila enorme para pagar o estacionamento? Mesmo tendo que ir e vir apertadinhas no carro para caber todas. Nenhuma queixa, só sorrisos e suspiros.
Foi assim que minha Gabi quis passar a noite de seu 12° aniversário. Foi assim que nós, seis adolescentes (sim, não pude evitar, me senti uma adolescente ao lado de minhas meninas e suas amigas), passamos a noite e metade da madrugada de ontem. E participar da alegria intensa dessas meninas lindas, não tem preço.

Aproveito e posto um texto que fiz para o outro blog há algum tempo sobre a Saga Crepúsculo.


Sim, eu li.

É isso mesmo: li e não me arrependo.  Leria todos novamente, na verdade estou pensando seriamente em voltar a ler nesse momento. Não. Não estou louca e se estivesse não admitiria. Sim, fui mordida e nem doeu, eu deixei que me mordessem e o pior, eu gostei. Tarde demais, agora estou contaminada. Faço parte da legião de fãs que aguardam a seqüência da Saga Crepúsculo, livros e filmes.
Como a Alice que deixou ser conduzida ao país das maravilhas eu fui sugada pelas presas de Edward Cullen. Consumi vorazmente o que chamam de literatura “comercial”.  E tem mais, li e não me preocupei com a escrita literária da Stephenie Meyer, não me preocupei com a forma, fui sucumbida pela história. Apaixonei-me. Não quero falar do enredo da história porque todos já sabem, já está mais que batido. Quero apenas salientar que o homem perfeito, aquele que todas as mulheres sonham em um dia encontrar, é um vampiro.    
Sei que alguns vão “torcer o nariz” ao saber disso, mas agora entendo e, de certa forma, compartilho com essa relação de devoção que as adolescentes nutrem pela saga. Mas, olhando para o lado bom (mas há lado ruim?), Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer me deram motivação necessária para ler O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Bronte, sem eles não teria conseguido. E na seqüência deste, li os clássicos: Razão e Sensibilidade, Orgulho e preconceito, Persuasão, de Jane Austin, também impulsionada pela saga.
Isso me fez pensar numa meta que há muito tempo impus e que ainda não cumpri, de ler os grandes clássicos da literatura mundial: Hemingway, Victor Hugo, Homero, Clarisse Lispector, Maquiavel, Santo Agostinho, Tolstoi e tantos outros como Gabriel Garcia Marques e os seus Cem anos de solidão, que me aguarda neste momento.
Agora entendo que, quando se trata de leitura, o preconceito deve ficar de lado, tudo é válido, devemos ler aquilo que nos agrada seja ela comercial, clássica, best-seller ou não. Mas entenderei perfeitamente se, quando nos encontrarmos, você tiver um dente de alho amarrado no pescoço e um vidro de água benta nas mãos... 

OBS: O Gabriel Garcia Marques e os Cem Anos de Solidão continuam me esperando pacientemente. Já a Clarice Lispector virou minha grande amiga. Também me deliciei com outros escritores recentes. Hemingway está no topo da lista das próximas leituras.