21 de ago. de 2015

Simples assim!

Hoje é dia de um novo texto aqui, e de minha responsabilidade. Estava programado para falar sobre educação de filhos, já tenho esse texto prontinho para postar. Mas hoje, hoje eu não quero falar sobre isso.
Quero falar de coisa leve, doce… nuvens de algodão, suspiros de açúcar daqueles coloridos, cheios de anilina (rosa, amarelo, verde, azul) que tanto adorávamos e que lembram infância.
suspiros
Quero falar de pular corda, amarelinha, elástico… lembram?. De brincar até tarde, fazer cócegas e dar gargalhadas gostosas de doer a barriga…
De pular de pijamas em cima da cama e competir para saber quem pula mais alto… de dar beijos de borboletas, sabem?
stock-photos-two-women-jumping-on-bed-smiling-pixmac-66189471
Quero falar do aroma do café sendo passado no coador enquanto o sol nasce lá fora… do bolo de milho assando no forno; da pipoca estourando na panela…
café
De caminhar na praia bem cedinho, comungando com beleza da natureza antes de qualquer pessoa chegar, ouvir o barulho do mar… Ah! O barulho do mar, o som da chuva, o cheiro de terra molhada, da grama cortada…
IMG_6409
Quero falar do quanto é valioso aquele banho demorado e cheio de espumas, de ficar o dia inteiro de pantufas e creme no cabelo, enrolada no cobertor quentinho. Se jogar no sofá e ler um livro, bebericando uma caneca de chá…
espuma
De ficar lagarteando no sol quando o friozinho do inverno chega…
De dormir de conchinha, debaixo do edredon. De acordar e receber ou dar um beijo de bom dia com bafo de leão… de escutar o telefone tocar e saber que aquela pessoa tão querida está do outro lado para conversar…

Quero falar do prazer de ir na manicure  pintar as unhas com um esmalte novo, no cabeleireiro fazer um novo corte de cabelo e se sentir bem.

Quero falar das coisas simples da vida, dos pequenos prazeres que, por serem tão simples e tão pequenos, passam despercebidos.
Quero falar que boa parte da felicidade que gente tanto procura está ali, ao alcance de todos. É só parar de olhar o futuro e prestar atenção a sua volta, ao seu dia a dia. Quero sugerir que você deixe um pouco de lado esse adulto ranzinza e exigente e use mais a criança que existe em você. Desligue o botão automático da vida e começar a ser feliz. Com o pouco que achamos que temos, com o muito, com o que merecemos!
helck assinaturaHelck Souza
coracao
*Texto publicado no blog www.quarentando.wordpress.com
Blog que Helck divide com suas amigas, também jornalistas, Juliana Bettini, Maria José Klain e Mônica de Souza Rodrigues

Cazuza tinha razão: o tempo não para!

Essa semana assisti ao filme “O retrato de Dorian Gray”, baseado no único romance de Oscar Wilde. O filme conta a história de Dorian, um garoto que é retratado por um artista que se encanta com a beleza do rapaz. Dorian, ingênuo, se deixa seduzir pela ideia de que a beleza e a satisfação física são as únicas coisas que valem a pena seguir na vida. E assim, para manter sua beleza, vende sua alma, garantindo que o retrato pintado envelheça em seu lugar. Logo depois, zapeando na tevê, sintonizo o canal Viva que, naquele momento, passava o programa da Ana Maria Braga e percebo o quanto ela tenta esconder, em vão, o peso da idade em seu corpo.
O-Retrato-De-Dorian-Gray-custom
Pronto, já fiquei remoendo tudo isso. Talvez pelo fato de que falta pouco para apagar as quarenta e uma velinhas; talvez por que livros e filmes me levam naturalmente a pensamentos assim ou, ainda, talvez porque eu goste de ficar ruminando, remoendo mesmo.  Só sei que esse foi o gatilho que deu inicio à reflexão do quanto damos importância a aparência, a beleza exterior já que, desde sempre, ouvimos falar da Fonte da Juventude, do Santo Graal, em prol da vaidade e do poder. Negamos o ciclo natural da vida: “nascer, crescer, reproduzir (item opcional), envelhecer e morrer”. Cazuza realmente tinha razão, “o tempo não para” e não paramos no tempo.
Essa tentativa humana de burlar o tempo, com o conceito de que só o jovem pode ser feliz é tão profunda quanto um pires. Quando jovens, podemos ter mais disposição física sim mas, juventude não é sinônimo de felicidade. Longe de mim, querer dizer que vaidade é algo negativo, quando em excesso, pode deixar de ser saudável e passa a ser um problema. E quando saber que ela se tornou um problema? Quando negamos as marcas do tempo em nosso corpo e nos tornamos uma caricatura de nós mesmos.
pilulas_de_beleza
O mercado de fórmulas milagrosas, das intervenções estéticas e cirúrgicas, dos complexos vitamínicos, está em alta e fatura bilhões anuais. Mas de que adianta arrumar a parte externa quando é a interna que precisa de ajuda? A não aceitação de seu corpo, da sua realidade, seja ela qual for, é sim, um grande problema. Claro, podemos sempre melhorar ou realçar o que temos de melhor; podemos nos beneficiar de cosméticos e de todas essas intervenções, mas estou falando de excessos. Como é o caso da história do filme, da Ana Maria, da Gretchen e de tantos outros casos tão extremos que vemos por aí. Porque, desculpem-me, eu não encaro isso que elas estão fazendo com o próprio corpo como algo natural. Sei que a definição de feio e bonito depende de cada um, mas temos que levar em conta os limites da beleza e da vaidade, a despeito de modismos e circunstâncias. Entendo que elas viraram reféns de algo que foi transformado com o tempo, viraram mulheres maduras e não se aceitaram como tal. Querer resgatar a aparência que ficou presa no passado é não viver o presente de forma saudável.
maos
Cada um é dono do seu nariz e faz o que bem entende com o próprio corpo, mas é visível o sofrimento das pessoas que não reconhecerem seu envelhecimento. A vida seria muito mais simples se aceitassemos a realidade.
Afinal, todos queremos viver por muitos e muitos anos mas, não querer envelhecer é, de certa forma, negar a própria existência.
helck assinatura
Helck Souza

* Texto publicado no blog www.quarentando.wordpress.com
Blog que Helck compartinha com suas amigas Juliana Bettini, Maria José klain e Monica de Souza Rodrigues

6 de out. de 2013

Nas asas de um sonho

Hoje eu vim falar de arte, de exemplo, de humildade e de fé.
Hoje eu vim falar de Roberto Vascon, que escolheu Curitiba, depois de seu estado natal, Minas Gerais, para lançar sua biografia "Nas asas de um sonho", na sexta-feira, dia 4. 


Após os aplausos que o receberam na Livraria Saraiva do Shopping Crystal, Roberto Vascon cumprimenta calorosamente e agradece à todos pela presença. Segue em direção à mesa para a sessão de autógrafos, olha para mim e aponta sorrindo para a minha bolsa: "linda sua bolsa!" respondo de imediato: "linda a história de quem a fez".

E assim, Vascon começa a autografar sua biografia "Nas asas de um sonho", escrita por Elias Awad. Brinca com todos, olha nos olhos, levanta para tirar fotos, abraça, mostra a bolsa inspirada em seus sonhos. Sempre sorrindo, empresta a sua bolsa de uso pessoal para as pessoas tirarem fotos com ela: "a bolsa da capa do livro".
Num intervalo entre uma foto e um autógrafo, mais uma vez ele olha para a minha bolsa, olha para mim: "Eu lembro quando estava fazendo essa bolsa." Digo que o modelo da minha bolsa é um dos que eu mais gosto e então ele frisa: "Não, eu lembro quando estava fazendo a 'sua' bolsa."  O silencio tomou conta de mim, tenho certeza que estampei uma cara de surpresa e ele voltou a dar atenção aos demais.

Faço aqui um parêntese para falar sobre o fato dele, o "Mago das Bolsas" lembrar carinhosamente do momento em que estava fazendo a minha bolsa. Achei fantástico, pois imaginava que a empresa Roberto Vascon fazia bolsas em série e que a presença dele não estaria na produção. E ele mostrou que eu estava redondamente enganada. Como artesã, me identifiquei prontamente, pois o carinho dispensado em cada peça faz com que lembremos daquele momento especial e, no caso dele, acredito que são "os olhos do fazendeiro que engordam o gado". E se eu achava que minha bolsa vinha carregada de uma história maravilhosa, agora então...    Fecho o parêntese.

Fui a última a pegar o autógrafo, até porque, além do meu, haviam mais três livros comigo para serem autografados (encomendas de amigas) e eu não achei justo os demais esperarem.

Depois disso, as pessoas que ainda permaneceram ali souberam que algumas empresas cinematográficas já entraram em contato com ele e que, muito em breve, a história do Mago das Bolsas vai, também, se transformar num filme.

Me despeço aqui, dizendo que minha admiração pela pessoa Roberto Vascon aumentou ainda mais, sua simplicidade, alegria e humildade é contagiante. Estou lendo o livro e me deliciando com a história fantástica desse ser incrível que consegue tocar no coração das pessoas através de seu exemplo, empreendedorismo e fé. 

A bolsa de asas, inspirada no sonho

Concentração para autografar







Meu livro e as "encomendas" de autógrafos

João Morozinski fazendo a pose da foto de capa do livro com a bolsa (de uso pessoal) do Vascon



*Agradecimento especial à João Morozinski, fotógrafo por um dia aqui no blog.


6 de fev. de 2013

No Brasil é assim

O mundo não acabou. Já estamos em fevereiro! E, na prática, 2013 começa só depois do carnaval.
É, no Brasil é assim.

No Brasil, Renan Calheiros volta à presidência do Senado após renunciar em 2007 para não ser caçado em função das denúncias feitas contra ele, na época. Na dança das cadeiras do governo, mudam-se os títulos mas, os corruptos, digo, políticos, continuam os mesmos. O novo presidente do Senado ressalta que exercerá seu mandato de forma transparente. Mais transparente impossível.
É, no Brasil é assim, o povo não tem memória.

No Brasil, 236 pessoas morreram, até agora, por causa do incêndio que atingiu a boate Kiss em Santa Maria, Rio Grande do Sul. Só depois dessa tragédia, os órgãos competentes estão fiscalizando, de fato, as casas noturnas, para que as mesmas ofereçam segurança aos seus frequentadores.
É, no Brasil é assim, as tragédias vêm antes da prevenção.

No Brasil, o salário mínimo em vigor é de R$ 678,00. Já o auxílio reclusão ou "salário de presidiário", que entrou em vigor no primeiro dia de 2013, é de R$ 971,78, de acordo com a Portaria no. 15 de 10/01/2013.
É, no Brasil é assim, o marginal tem mais direitos que o trabalhador.

No Brasil, o trânsito mata mais do que uma guerra. Somente em 2011, mais de 42 mil pessoas foram mortas em acidentes de trânsito enquanto que, na Síria, 10 mil pessoas foram mortas desde o início dos conflitos até junho do ano passado (15 meses) de acordo com a ONU.
É, no Brasil é assim, com a nova lei em vigor, a presença de 0,05miligramas de álcool por litro de ar expelido é considerada infração. Esse limite equivale a menos de um copo de cerveja. No entanto, a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos postos de combustíveis estão liberados. Não seria isso uma contradição?

No Brasil é assim. O total de impostos que pagamos durante todo o ano, equivale a 150 dias de trabalho. Ou seja, para arcar com toda a carga tributária exigida pelos governos federal, estaduais e municipais, temos  que trabalhar o equivalente ao rendimento de quase 5 meses de trabalho. Em 2012, esse período foi do dia primeiro de janeiro até 29 de maio.
É, no Brasil é assim, o valor pago aos impostos são inversamente proporcionais a qualidade da saúde, da segurança e da educação recebidos.

No Brasil, quando o meu avô e depois o meu pai eram crianças, diziam que "O Brasil é o país do futuro". Quando eu era criança, todos na escola diziam que "O Brasil é o país do futuro". Agora, meus filhos são crianças e também, ouvem a mesma ladainha:  'O Brasil é o país do futuro".
É, no Brasil é assim, e eu me pergunto: quantas gerações serão necessárias para que o Brasil seja o país do presente?

No Brasil, a justiça... justiça, que justiça?
É, no Brasil é assim.

No Brasil, no dia 12 de junho de 2014 os brasileiros param o que quer que estiverem fazendo para assistir ao jogo de abertura da Copa do Mundo.
É, no Brasil é assim, e todos cantarão juntos e orgulhosos o Hino Nacional.

5 de dez. de 2012

Reciclar é muito mais que parar de utilizar sacolas plásticas


     Você já organizou ou, pelo menos, participou de uma festa de aniversário infantil? É fácil imaginar a decoração primorosa com o tema preferido do aniversariante, balões, muitos balões, as mesas repletas de brigadeiros, dois amores, trufas e tantos outros docinhos e salgadinhos de festa que nos enchem os olhos e garantes umas gramas de gordurinhas extras. Os presentes embalados em papéis e ou plásticos lindos que, as vezes, nem dá vontade de abrir para ver a surpresa no interior.  E o auge da festa, o parabéns e o bolo de aniversário. Tudo tão lindo, tão perfeito, para garantir a felicidade dos pais e do aniversariante...

     Agora, pense: cada 50 balões vem embalados num saco plástico, numa festa infantil são gastos, geralmente, muito mais de 300 balões, que são descartados após a festa . Cada vez que uma criança vai tomar um suco ou um refrigerante, ela utiliza um copo descartável, porque não sabe onde deixou o anterior. A cada brigadeiro ou outro doce consumido, existe uma forminha e um plástico que o envolve. Isso sem falar nos pratinhos e talheres descartáveis utilizados para saborearmos o delicioso bolo.

     Continuando com a linha de raciocínio: alguém (independente de quem ou quantos foram os envolvidos), foi ao supermercado ou atacadista ou distribuidor comprar os os balões, os copos descartáveis, os guardanapos, o leite condensado para fazer os doces, os ingredientes para os salgados (peito de frango e farinha de trigo para a massa das coxinhas, por exemplo) e tudo isso veio acondicionado em suas embalagens próprias e, geralmente, saem do supermercado ou atacadista ou distribuidor, em sacolas plásticas. Na hora de virarem doces e salgados, são descartadas suas embalagens originais e colocadas em recipientes próprios para os mesmos e que durante a festa são descartados para serem consumidos.

     Pense, tente imaginar a quantidade de lixo que tudo isso envolve. Isso sem comentar o processo de cada item mencionado, enquanto matéria prima, até chegar ao supermercado ou distribuidor ou atacadista.
A festa de aniversário infantil é somente um exemplo utilizado para mostrar o quanto produzimos lixo. E, nesse caso, lixo reciclável. A ideia é mostrar que as sacolinhas plásticas são apenas um detalhe diante de todo o lixo que descartamos. O objetivo não é ser contra a utilização de sacolas de tecido ou outro material reciclável que não seja o plástico, mas mostrar o fato de que as sacolas plásticas são apenas a ponta do iceberg e não resolvemos um problema olhando somente o topo.

     Pense nisso. Não quero aqui defender que as sacolas plásticas devem ser utilizadas, entendo que há algo muito maior que isso. Pense em quanto um supermercado de grande porte lucra com o fim das sacolas. Se esse valor for repassado ao consumidor, eu aceito.

7 de fev. de 2012

Não sei quem é o Mocinho e quem é o Bandido

Curitiba, nesses últimos dias, está com temperaturas elevadíssimas.
Não somente com relação ao clima. No último domingo, logo após a tradicional apresentação do bloco carnavalesco Garibaldis e Sacis, houve um tumulto no Largo da Ordem, região central de Curitiba, terminando num confronto entre a polícia militar e foliões. Como se isso não bastasse, alguns policiais militares usaram as mídias sociais, mais precisamente o Facebook, na tentativa de justificar o ocorrido. Eis algumas pérolas:

"Batemos pouco... para quem não sabe festar... a polícia sabe educar"
"Quem enfrenta a polícia ... é bandido"
"Defendo meu estado com unhas e dentes, no meu caso, com borracha e BOMBAA!"
"Bandido tem que ser tratado como bandido... E aqui no Paraná bandido não se cria"

Afinal, prenderam os bandidos? Estavam infiltrados no meio dos foliões que foram agredidos pela polícia?

"Aqui no Paraná bandido não se cria" Como explicar essa frase, postada por um policial militar, quando, no mesmo domingo que ocorreu o fato, a revista Veja mostra a matéria sobre a pesquisa Mapa da Violência 2012, divulgada há dois meses pelo Instituto Sangari, que mostra que, em dez anos, Curitiba saltou da vigésima para a sexta posição no ranking das capitais com maiores índices de homicídio. São 55 homicídios para cada 100 000 habitantes. E no Paraná bandido não se cria????
Porque eles, os policiais, não comentaram sobre a pesquisa? O que, efetivamente, eles não fizeram para que isso acontecesse?



É gritante o despreparo da polícia, tanto civil quanto militar. Isso não somente devido ao acontecimento de domingo. Relato agora, dois fatos que aconteceram comigo:

O primeiro aconteceu há pouco mais de um ano, quando eu e minha família estávamos no início da viagem para Santa Catarina, no contorno Sul, o trânsito estava lento devido ao movimento e duas viaturas da polícia civil nos ultrapassaram. Um dos veículos estava com cinco pessoas. Meu marido até comentou que era muito provável que estavam levando algum detento num carro impróprio para isso. Dito e feito. Na lombada eletrônica do contorno, na Cidade Industrial, os carros praticamente pararam e saiu um homem algemado correndo em direção ao bairro. Os policiais, a paisana ,saem do carro e um deles saca a arma  e aponta em nossa direção, como se nós, no carro atrás deles, tivéssemos alguma coisa com o ocorrido. Imagina o desespero de uma mãe com seus três filhos e marido dentro do carro e um homem sem a farda da polícia com uma arma apontada na nossa direção?
Transportar um detento num carro impróprio. Uma atitude primária, que acarretou na fuga do bandido.

O outro fato aconteceu recentemente, no dia 21 de dezembro de 2011. Estava de carro na fila do estacionamento da  Praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba. A fila terminava exatamente na faixa destinada aos pedestres e coloquei meu carro antes da faixa mesmo com o sinal fechado para o pedestre, nunca se sabe quanto tempo vai levar para a fila andar. Havia, na praça, uma viatura da polícia e três policiais conversando com umas pessoas que estavam num carro branco parado indevidamente na grama da praça, ao lado da canaleta do ônibus que vem da Rua Alferes Poli. Um dos policiais veio ao encontro do meu carro e disse "Senhora, pode seguir em frente, o sinal para pedestre está fechado". Respondi que sabia disso, mas como estava na fila para o estacionamento, eu poderia demorar com o carro em cima da faixa. Ele falou não tinha problema, eu poderia seguir. Fiz o que ele disse e ele saiu. Menos de vinte segundos depois, chega uma policial feminina, também militar, dizendo que eu não posso parar com o carro em cima da faixa de pedestre e que eu deveria sair e dar a volta na quadra para estacionar. Expliquei que ela tinha razão, que eu sabia disso, mas que o colega dela que está lá atrás (apontei para o policial) me liberou para ficar onde estava. Ela simplesmente colocou uma das mãos em cima da arma e a outra sacou o bloco de multas e disse gritando: "Saia imediatamente ou eu lhe notifico!" Tentei argumentar, mas não tinha conversa, qualquer coisa que eu tentasse dizer ela não iria ouvir. Concordei com a cabeça e observei que a fila para o estacionamento andou, fiz toda uma encenação para mostrar que estava retirando o meu carro dali, enquanto os carros da frente andavam alguns metros, o suficiente para que eu saísse de cima da faixa. Quando o carro da frente seguiu, eu também segui , olhei para a policial e falei amorosamente: "agora aqui eu posso ficar ou você tem alguma coisa contra?"
Não quero que estendam tapete vermelho, quero que me tratem como cidadã que sou, quero que não abusem do poder que eles têm por vestirem uma farda. Entendo que os salários deles são uma vergonha, para nos protegerem.
Para nos protegerem.
Essa é a função deles: nos protegerem. Não é mais que obrigação, não é gentileza, é para isso que existem.
Assim como as leis são feitas para serem cumpridas.
Assim como temos que pagar impostos.
Assim como os governantes que são eleitos para nos representarem.
E não estou fazendo piada.

Se o objetivo de tudo isso é amedrontar a população. Confesso que da minha parte eles alcançaram esse objetivo. Tenho medo. Tenho medo deles dizerem que eu os agredi verbalmente, afinal a palavra deles vale mais que a minha. Não confio. Não sei quem é mocinho e quem é bandido. E quem perde é sempre a população.


25 de dez. de 2011

Boas Festas e Feliz vida sempre!!!



Neste ano vou fazer diferente.
Desejo um ótimo Natal, com todos os seus!

Mas não desejarei um Feliz Ano Novo.

Não desejarei felicidades neste ano que se inicia e
que você encontre alegria, amor e sucesso em 2012.
Não vou desejar que este novo ano seja o melhor de todos os anos de sua vida.

365 dias é pouco para o que eu realmente desejo a você. 

Para 2012 eu desejo que você olhe para trás por alguns momentos. 
Momentos suficientes para perceber tudo que aprendeu, que lembre de todas as pessoas que ficaram ao seu lado, torcendo para seu sucesso, que o apoiaram nos momentos difíceis, seja no trabalho, na família ou no amor.

Continue olhando para trás e veja o que você fez de positivo para seus amigos, seus colegas, sua família, sua comunidade e até mesmo para pessoas que você nunca viu.

Eu desejo que com esse mesmo olhar, você pense na vida que quer ter. Escolha sua melhor parte para que ela se torne inteira em sua vida. Pense e trabalhe nisso. É possível, é só querer.

Desejo que você descubra o que lhe dá prazer. Que faça o que ama e ame o que faz.

Desejo que você não seja perfeito nem que sofra em busca da perfeição. Afinal, errando aprendemos mais, ficamos melhores.

Desejo que você seja uma pessoa melhor todos os dias.
E um ano é pouco para todos esses desejos
Eles são desejos para uma vida, para a sua vida, para a minha vida, para a nossa vida.
Então, desejo que possamos ser pessoas melhores todos os dias sempre e para sempre.
Feliz Vida Sempre!!!!  
E não precisa esperar o Ano Novo para isso, vamos começar AGORA!!!