29 de out. de 2011

Titanic - a exposição

Obs: Para entender esse post, recomendo ler o anterior.


A passageira Sra. Margaret Ann Watson, esposa de Edward Ford, de 48 anos de idade, viajante da terceira classe, estava com quatro de seus cinco filhos. Margaret, que foi abandonada por seu marido após dar à luz ao quinto filho deles, enfrentava dificuldades em sustentar a família. Quando soube do sucesso de sua filha mais velha nos Estados Unidos, decidiu levar sua família para lá, já que, com o peso da idade para a época, não estava dando conta de administrar uma pequena fazenda avícola na Inglaterra.

Foi com o cartão de embarque da Sra. Margaret, que conferi a mostra "Titanic: a exposição - objetos reais histórias reais". 
Desde a ambientação sonora e dos próprios objetos até as belas recriações de ambientes como a sala das caldeiras e a luxuosa cabine de primeira classe é possível retornar no tempo ou, se você preferir, fazer parte do elenco do filme de James Cameron.
Quem leu a história ou assistiu ao filme é quase impossível não se comover com todos os artefatos reais que contam a trágica história que mudou para sempre a vida das 2.228 pessoas a bordo, inclusive a da Sra. Margaret, que não teve a sorte dos 705 sobreviventes.


"Não poderia imaginar qualquer desastre fatal acontecendo com essa embarcação, a construção naval moderna já foi além disso" (Capitão Edward J. Smith)  


Objetos resgatados do fundo do mar

Capa New York American

19 de out. de 2011

Titanic navega em mares curitibanos



Pela primeira vez no Brasil, a mostra "Titanic: a exposição - objetos reais, histórias reais", vista por mais de 22 milhões de pessoas, em 85 cidades ao redor do mundo, estará aberta a visitação a partir do dia 28 deste mês, até janeiro de 2012, no ParkCultural em Curitiba. 
São 243 objetos originais do navio, retirados do fundo do mar, incluindo frascos de perfume, partituras, um alfinete de diamantes, uma escotilha e um pedaço do casco da embarcação. A exposição oferece também, a reprodução de um iceberg de 3, 5 metros.
Quando chegam à exposição, os visitantes fazem um regresso na história, vão até o ano de 1912, recebendo logo na entrada uma réplica do cartão de embarque, em seguida, entram em uma viagem cronológica da tragetória do navio, deslocando-se através de sua construção, passando pela vida a bordo, pelo naufrágio malfadado até os esforços de resgate.
A exposição conta com oito galerias distribuídas em 1.500 metros quadrados que relata a história do Titanic e dos passageiros a bordo. 
O Titanic naufragou no dia 15 de abril de 1912, foram 1523 pessoas mortas e 705 sobreviventes. Seus destroços foram encontrados somente em 1985, a 4 km de profundidade, no Atlântico Norte.




Saiba mais:
ParkCultural: Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 600, Mossunguê
Entradas no valor de R$ 30,00 inteira e R$ 15,00 meia.
Horário: Segunda a sexta das 11h às 20h
               Sábados, domingos e feriados das 10h às 22h.
Informações: (41) 3377-6600

7 de out. de 2011

Wilma! Faça alguma coisa. - O peso das redes sociais.

Com a proximidade do Dia das Crianças, dia 12 de outubro, usuários das redes sociais trocaram a foto do perfil por imagem do personagem dos desenhos animados ou história em quadrinhos que mais se identifica.  Aderindo assim, a campanha contra a violência infantil criada pela empresa O Melhor da Vida (facebook.com/omelhordavidapage ). Desde o início da campanha até o momento, mais de 100 mil pessoas já mudaram sua foto pelo desenho animado. A campanha foi lançada na internet através da homepage da empresa e de blogs parceiros e rapidamente se alastrou, conquistando vários adeptos. 
Mesmo ciente de que uma simples mudança na imagem do perfil nas redes sociais em nada muda o fato de que milhares de crianças sofrem abuso, quem gostou, aderiu a campanha e até mesmo se divertiu relembrando o tempo de infância e os desenhos preferidos. O protesto, que ganhou grande dimensão nas redes, serviu também para divulgar o contato da Polícia Federal e o Disk Denúncia. Já, quem não gostou, criticou severamente.
Entre os usuários do Facebook que não aderiram, várias são as mensagem dizendo que a troca de imagens pode prejudicar as investigações da Polícia Federal contra os pedófilos. Que aderir a campanha é um ato insignificante... e por aí vai.
Certamente esse apoio à campanha é um ato muito pequeno, basta somente trocar a imagem do perfil e só, o usuário das redes já fez a sua parte e, como Pôncio Pilatos, lavou suas mãos, voltou ao trabalho ou continuou interagindo com seus amigos e colegas de rede, enquanto a violência continua.
Mas aí fica a pergunta: O que foi feito antes disso? Qual mobilização que você participou ativamente e que mudou a realidade dessas crianças ou de qualquer outro assunto delicado e cruel como esse?
A hipocrisia é a especialidade daqueles que estão amedrontados com o peso, a força que as redes sociais estão experimentando. Já foi dito aqui no blog (veja aqui), que a voz das redes pode transformar a realidade. Talvez vemos essa campanha como o grande começo, quem sabe?
Como Fred Flinstsone diria: Wilmaaaa!, faça alguma coisa!!!! Vamos então, Wilmas, Marias, Pedros, josés, Anas... todos, "fazer alguma coisa". Pequenina, dessa vez, mas é melhor que não fazer nada.


Wilmaaaa! Faça alguma coisa!