Hoje é dia de um novo texto aqui, e de minha responsabilidade. Estava programado para falar sobre educação de filhos, já tenho esse texto prontinho para postar. Mas hoje, hoje eu não quero falar sobre isso.
Quero falar de coisa leve, doce… nuvens de algodão, suspiros de açúcar daqueles coloridos, cheios de anilina (rosa, amarelo, verde, azul) que tanto adorávamos e que lembram infância.
Quero falar de pular corda, amarelinha, elástico… lembram?. De brincar até tarde, fazer cócegas e dar gargalhadas gostosas de doer a barriga…
De pular de pijamas em cima da cama e competir para saber quem pula mais alto… de dar beijos de borboletas, sabem?
Quero falar do aroma do café sendo passado no coador enquanto o sol nasce lá fora… do bolo de milho assando no forno; da pipoca estourando na panela…
De caminhar na praia bem cedinho, comungando com beleza da natureza antes de qualquer pessoa chegar, ouvir o barulho do mar… Ah! O barulho do mar, o som da chuva, o cheiro de terra molhada, da grama cortada…
Quero falar do quanto é valioso aquele banho demorado e cheio de espumas, de ficar o dia inteiro de pantufas e creme no cabelo, enrolada no cobertor quentinho. Se jogar no sofá e ler um livro, bebericando uma caneca de chá…
De ficar lagarteando no sol quando o friozinho do inverno chega…
De dormir de conchinha, debaixo do edredon. De acordar e receber ou dar um beijo de bom dia com bafo de leão… de escutar o telefone tocar e saber que aquela pessoa tão querida está do outro lado para conversar…
Quero falar do prazer de ir na manicure pintar as unhas com um esmalte novo, no cabeleireiro fazer um novo corte de cabelo e se sentir bem.
Quero falar das coisas simples da vida, dos pequenos prazeres que, por serem tão simples e tão pequenos, passam despercebidos.
Quero falar que boa parte da felicidade que gente tanto procura está ali, ao alcance de todos. É só parar de olhar o futuro e prestar atenção a sua volta, ao seu dia a dia. Quero sugerir que você deixe um pouco de lado esse adulto ranzinza e exigente e use mais a criança que existe em você. Desligue o botão automático da vida e começar a ser feliz. Com o pouco que achamos que temos, com o muito, com o que merecemos!
*Texto publicado no blog www.quarentando.wordpress.com
Blog que Helck divide com suas amigas, também jornalistas, Juliana Bettini, Maria José Klain e Mônica de Souza Rodrigues